COMO TUDO COMEÇOU - CAPÍTULO 5 -

Boa noite.

Vamos lá...

Estamos enfim em setembro de 1995.

A operação do Disk Café está pronta para ter seu início.

Contratos assinados na Telest, com aluguel de uma base operacional para 200 linhas de telefone, já que não podia ocorrer de um " cliente " ligar e dar ocupado. Todas as opções estavam contratadas e testadas.

No meu escritório estava tudo operacionalmente organizado, equipe

treinada e mídia contrata. Outdoor, jornal, rádio e panfletagem. Tudo pronto para ser iniciado ao meu comando.

Chega o dia combinado e tudo entra no ar simultâneamente. O setor café é pego literalmente de surpresa, já que muitos envolvidos na rotina cafeeira, nem tinham entendido, num primeiro momento, o que eu estava fazendo.

Me lembro bem de um corretor de café que me abordou no elevador do Palácio do Café e disse: " Marcus você ficou doido ? Quem aqui do prédio vai ligar para o disk café. Todos tem a informação da bolsa. Eu respondi: " Mas meu serviço não está focado aqui e sim no interior ". Ele saiu do elevador deixando a clara sensação de que não tinha entendido a profundidade da minha imaginação.

Olha, o mês de outubro daquele ano passou rápido, já que minha agitação era grande em operacionalizar o negócio e coordenar as mídias em todas as partes do Estado.

Todos os finais de semana nós, eu e meu irmão, rodávamos o Estado tirando fotos dos Outdoors contratados e vendo a possibilidade de novos pontos para inserção de mídias. Foram 30 dias de adrenalina pura.

Mas a ansiedade maior era com o resultado de todo este trabalho. Naquela época, não existiam meios de ir auferindo, dia a dia, o tráfego das ligações e seus respectivos faturamentos. Era só serviço e ansiedade.

Só como observação, estas mensagens gravadas com o mercado eram feitas pelo meu irmão e eu, e chegávamos a realizar cerca de 20 atualizações por dia. Fora o comentário, ao fim do dia, sobre o mercado.

Fazer isso tudo e ainda correr o mercado para saber os preços e corretar alguns lotes de café era serviço que não acabava mais. Porém, tínhamos o sentimento de que tudo isso seria remunerado acima das nossas expectativas.
Por isso a palavra cansaço não existia naquele momento.

Chega o dia 1 de novembro. Fui pessoalmente à Telest buscar o resultado do primeiro mês de serviço. Coração na boca e olhos firmes no balcão de atendimento para o recebimento do tão esperado relatório.

Sabem qual foi o resultado? Uma grande decepção, já que os números apresentados nem de longe chegavam perto do que eu esperava. Tínhamos colocado um bom dinheiro em mídia e feito um bom trabalho. Não era admissível um resultado tão pífio.

Mas não desisti. A idéia era boa. Tinha que ter havido um problema grave para tamanha decepção com os números.

Pensei... pensei... e não conseguia aceitar de maneira nenhuma a derrota no primeiro round por nocaute.

Fui à luta, tive um idéia simples e achei o problema.

Quer saber qual foi o problema? Aguarde o próximo post.

Um abraço a todos.

Marcus Magalhães