quarta-feira, 23 de novembro de 2011

SQUEEZE DE CAFÉ FINO PERMANECE EM 2012

Boa noite

Primeiramente gostaria de agradecer ao volume " impressionante " de leitores que acessaram de forma direta e indireta meu último post em apenas 24 hrs.

Se somarmos os acessos diretos ao blog e os acessos que os sites especializados em café tiveram na reprodução da matéria, chegaremos a um número próximo a 2000 pessoas que leram... e como diz o facebook " curtiram " minha opinião sincera ao assunto.
E olha que meu blog ainda não tem 10 dias de vida...

OBRIGADO A TODOS ESTES OS LEITORES !!!

São situações iguais a esta, que nos dá coragem e determinação para continuar nesta " labuta diária " que é escrever para o setor afé.

Gostaria neste post de analisar a difícil missão que o mundo produtivo tem de suprir a demanda de cafés finos pelo período à frente.

Os estoques hoje parados nos EUA de cafés certificados em NY é mínimo.
Se adicionarmos a esta conta, os números totais do Green Coffee, o saldo que vamos auferir também não é confortável.

Detalhe, na minha visão, esta situação não deverá ter solução rápida muito menos fácil, já que a qualidade dos cafés finos está intimamente ligada aos tratos culturais e principalmente, ao fator clima, que a cada ano que passa, fica mais adverso e total imprevisível.

As notícias que chegam dioturnamente nos terminais sobre este tema, dão conta de chuvas excessivas na América Central e Colômbia e isso, neste momento produtivo que vive estas origens produtoras, é sinal claro de " dor de cabeça " já que o nível de fermentação e por consequência, perda de qualidade dos grãos, ficam de pronto gritantes.

Fora isso, se analisarmos o futuro de médio e longo prazos, iremos constatar que as origens produtoras citadas acima, não tem condição de alavancar a produção como o mundo necessita.
Resumindo, o squeeze de café fino deverá perdurar e as cotações em NY poderão continuar a se corrigir, independente se as futuras safras globais, crescerem ou não.

Olha que estou analisando não o potencial produtivo de forma macro mas sim o potencial produtivo de forma micro, especificamente, de café fino.

Lembrando, é esta qualidade que imprimi ritmo a bolsa de NY e leva todo o contexto a reboque.

Não adianta produzir 130 ou 140 milhões de scs, se dentro deste universo, o volume de café fino, for medíocre.

Não podemos confundir volume com qualidade.

É ai que mora o perigo, já que alguns se iludem ou vendem faldas expectativas produtivas, apenas para derrubar NY e não se dão conta de que quem sustenta o mercado é a qualidade e não o volume.

Isso sem detalhar, que ao meu ver, as demandas globais deverão continuar a crescer independente de crise financeira.

Vou repetir o que falei há pelo menos 1 ano...

A próxima década será marcada por preços altos nas commodities agrícolas e metálicas.

Demandas crescentes, dificuldades em licenciamento ambiental, mão de obra saindo da área rural para urbana e a total imprevisibilidade climática nortearão a rotina e pegada nos negócios, daqui para frente.

Abs a todos
Marcus Magalhães

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